domingo, 7 de fevereiro de 2010

País corre risco com novo vírus da dengue


sábado, 6 de fevereiro de 2010, 11:56 | Online

País corre risco com novo vírus da dengue

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O Ministério da Saúde alerta para a possibilidade de o vírus tipo 1 da dengue tornar-se predominante neste ano no País, o que poderá causar epidemias da doença principalmente entre menores de 15 anos. Segundo a pasta, os Estados de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Roraima, Tocantins e Piauí são os mais vulneráveis por já enfrentarem a predominância do vírus. "É fundamental que as ações preventivas contra a doença sejam reforçadas", disse ontem o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Evelin Coelho. Como não há vacina contra a dengue, a principal ação preventiva é evitar o acúmulo de água limpa, a preferida do Aedes aegypti.

Em nota técnica sobre a situação epidemiológica de 2009 divulgada nesta semana, o ministério informou que, no ano passado, o vírus 1 já estava presente em 50% dos isolamento virais - análise feita a partir de amostra do doente - no País. Segundo a pasta, ele poderá substituir o sorotipo 2, predominante desde 2007, e gerar um volume ainda maior de internações hospitalares. Um vírus é considerado predominante quando registrado em 70% dos isolamentos.

Há quatro tipos de vírus da dengue, e o ministério reconhece que apenas os tipos 1, 2 e 3 já foram registrados no País. Toda as vezes em que um sorotipo "ocupa" o lugar de outro, podem ocorrer epidemias por causa do grande número de pessoas que nunca tiveram contato com ele, como as crianças. A partir de 2007, por exemplo, a entrada do vírus 2 no lugar do 3 causou, no ano seguinte, uma das piores epidemias já registradas no País

"O monitoramento dos sorotipos circulantes ao longo de 2009 aponta para uma nova mudança do sorotipo predominante (...). A recirculação do Denv-1 (vírus tipo 1 da dengue) alerta para possibilidade de grande circulação do vírus em cada um desses Estados e também nos demais, a partir do momento em que o sorotipo for identificado, em virtude de a população (...) não estar em contato com o mesmo desde o início da década (passada, última vez em que o vírus circulou)", diz o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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