terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cientistas apostam em mosquito transgênico contra dengue:












Cientistas apostam em mosquito transgênico contra dengue.


Macho 'modificado' limitaria proliferação do Aedes aegyptiee

Redação
redacao@odiariomaringa.com.brma novidade, anunciada por pesquisadores americanos e britânicos, pode ser a grande solução na luta contra o mosquito da dengue. Cientistas desse dois países estão criando um tipo de mosquito transgênico que, com o tempo, limitaria a proliferação da espécie Aedes aegypti. As informações são da BBC Brasil.

Como se sabe, o vírus que provoca a dengue é transmitido através da picada da fêmea do Aedes aegypti. A esperança está na produção de machos modificados em laboratórios. Ao cruzar com fêmeas da espécie, eles transmitiriam um gene que limita o crescimento das asas. Com a capacidade de voar limitada, apostam os cientistas, haveria uma supressão da população do mosquito.


Segundo especialistas, a dengue – para a qual não há vacina – afeta até 100 milhões de pessoas por ano e ameaça mais de um terço da população mundial. O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.




Mosquito criado em laboratório evita a transmissão da dengue

Plantão | Publicada em 23/02/2010 às 12h48m
O GLOBO, com BBC - 23/02/201o


Cientistas britânicos e americanos estão tentando criar um mosquito geneticamente modificado para evitar a transmissão da dengue. A ideia é produzir machos que ao cruzarem produzam larvas de fêmeas com uma mutação que limita o crescimento das asas. Assim esses insetos teriam a sua capacidade de voar limitada, reduzindo a sua chance de procriação.
A dengue atinge até cem milhões de pessoas ao ano e ameaça mais de um terço da população mundial. O vírus que causa a doença se propaga através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, e, por enquanto, cientistas não conseguiram desenvolver uma vacina contra a infecção. O estudo com o mosquito transgênico foi publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" e, segundo os autores, ele é uma opção segura e eficiente a inseticidas. Outra ideia é usar a investigação para impedir a transmissão de outras doenças por insetos, como a malária.
- Os atuais métodos de controle da dengue não são eficazes o suficiente e são necessários urgentemente novos métodos. O controle do mosquito que transmite o vírus poderá reduzir significativamente a mortalidade humana. - disse Anthony James, da Universidade de Califórnia, Irvine.
Para o responsável pela pesquisa, Luke Alphey, da Universidade de Oxford, e proprietário de uma empresa de ciência aplicada, a Oxitech Ltd, a abordagem científica tem um foco bem específico.
- Os machos vão cruzar só com fêmeas da mesma espécie. Uma outra característica desse método é que todas as pessoas em áreas tratadas estarão igualmente protegidas, independentemente de suas posses, seus recursos e seu grau de instrução - afirmou.
Também Hilary Ranson, da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Liverpool, disse que se trata de um grande avanço:
- Será um desafio logístico produzir e liberar um número suficiente de mosquitos machos e não será barato. Porém poderá ser realizado com os recursos adequados.
Ela acrescentou que a dengue é uma doença ideal para ser combatida dessa maneira porque é propagada por apenas algumas poucas espécies de mosquito. Na opinião da pesquisadora, seria mais difícil usar técnica semelhante no combate à malária por causa da maior variedade de mosquitos portadores.





Aedes aegypti sem asas

Pesquisadores obtêm nova linhagem, onde as fêmeas da espécie não voam

23/02/2010 - 12:21
No Brasil, onde a dengue faz seus estragos anualmente na saúde da população, “cortar” as asas do Aedes aegypti e diminuir a sua capacidade de ação pode ser, no mínimo, alentador. Essa, pelo menos, é a sugestão de um grupo de pesquisadores que conseguiu obter uma nova linhagem de mosquitos, na qual as fêmeas da espécie não podem voar.
Em geral, nessas condições, as fêmeas morrem rapidamente, reduzindo consideravelmente não só o número de mosquitos, mas também a transmissão da doença. Até porque os machos do Aedes aegypti não picam ou transmitem a dengue.
 
Para chegar a este resultado, os cientistas alteraram geneticamente os mosquitos machos. Quando eles cruzaram com fêmeas selvagens, transmitiram seus genes aos descendentes.
 
Resultado: as fêmeas da geração seguinte, por conta de uma alteração genética, não foram capazes de voar (o desenvolvimento dos músculos das asas não aconteceu).
 
Com esta nova técnica, os autores do estudo estimam que a nova linhagem pode superar a população nativa em até nove meses. E o mais importante: esta alternativa não envolve o uso de pesticidas.
 
O estudo foi feito por um grupo do Reino Unido e dos Estados Unidos e, em breve, estará na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
 
A dengue é hoje uma das principais doenças do mundo e provoca, anualmente, entre 50 a 100 milhões de casos. Não há vacina para a doença, que coloca quase 40% da população do planeta em risco.




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