DISCUSSÃO E DIAGNÓSTICO: No caso relatado, temos uma paciente de 24 anos com uma história de doença inflamatória (Artrite Reumatóide Juvenil) crônica e ativa, já tendo utilizado diversas drogas, tanto sintomáticas (corticóides e antiinflamatórios não hormonais - AINH’s), como modificadoras do curso da doença - DMCD’s (hidroxicloroquina, sulfasalazina, metotrexate e sais de ouro) e que desenvolve quadro de síndrome nefrótica Apresenta ainda boa função renal e urinálise sem hematúria, leucocitúria ou sedimento ativo. Diante de tal paciente, há diversas possibilidades diagnósticas, pois o acometimento renal pode se dever à própria patologia, ou ser secundária às drogas administradas. Assim, se faz necessário um julgamento criterioso da história clínica e dos resultados laboratoriais, no intuito de reduzir o leque de opções diagnósticas para aquelas mais plausíveis. Assim sendo, o tempo de duração e severidade da ARJ, bem como o momento de utilização de drogas e sua relação temporal com os sinais e sintomas é de grande importância para guiar o nosso raciocínio. Abaixo descrevemos as possibilidades diagnósticas relacionando-as com as particularidades da paciente em questão. São elas: Glomerulonefrite Mesangial: É descrita em diversas séries de pacientes com AR e parece representar a lesão histológica mais frequentemente encontrada. Clinicamente apresenta-se como um quadro de hematúria microscópica, com ou sem proteinúria leve. Ainda não se sabe exatamente como ocorre, embora seja postulado que tal lesão estaria relacionada a capacidade das células mesangiais em clarear os imunocomplexos circulantes (altos níveis de IgA e IgM circulantes, tal como o fator reumatóide). Trata-se de uma forma benigna, assintomática e com bom prognóstico. Amiloidose Renal: É o segundo quadro histológico de acometimento renal mais descrito na AR. Cerca de 40 % dos pacientes com AR crônica que desenvolvem síndrome nefrótica têm a amiloidose AA como etiologia e incidência tão alta quanto 5-10%, embora muitas vezes os depósitos de amilóide sejam subclínicos. O quadro inflamatório crônico pode ser associado ao aumento na produção da proteína amilóide A. O fragmento desta proteína (Proteína AA) pode então ser depositado nos tecidos, tipicamente levando a síndrome nefrótica ou a proteinúria assintomática.Cabe salientar que pacientes com depósitos de amilóide limitados aos vasos renais podem apresentar-se somente com hematúria, e pouca ou nenhuma proteinúria. Independente do mecanismo, o controle do processo inflamatório com terapia medicamentosa pode levar à resolução da proteinúria e dos depósitos teciduais. Vale lembrar ainda que nos últimos anos tem sido estudada a influência dos genótipos no loci SAA1 e SAA2 (proteína amilóide A) na duração do período latente da amiloidose secundária AA em pacientes com AR. Assim, mutações nestes genes determinariam uma deposição rápida de fibrilas amilóides em todos os tecidos, incluindo os rins, levando a uma progressão mais rápida da doença renal. Como vimos, este foi o diagnóstico histopatológico obtido da biópsia renal realizada em nossa paciente. Glomerulopatia Membranosa (GNM): Classicamente, esta lesão tem sido descrita relacionada ao uso de drogas, principalmente sais de ouro e D-penicilamina - hoje pouco utilizados. A ocorrência desta complicação é estimada em até 7% e 3%, respectivamente. A proteinúria pode surgir no prazo no prazo de um a dois meses de terapia e pode levar de 9 meses a 3 anos para a sua resolução, após a suspensão da droga. Essa lenta recuperação é atribuída em parte a localização subepitelial dos imunodepósitos, assim separados pela membrana basal da circulação e do acesso às células fagocitárias, levando ao seu lento clareamento. Existem na literatura médica vários relatos de pacientes com AR que desenvolvem GNM, aparentemente sem relação ao uso de fármacos. Contudo, não há como excluir a possibilidade de que esta relação seja uma mera superposição de doenças, ainda mais se considerarmos pacientes adultos e na faixa etária compatível com o aparecimento da GNM idiopática. Glomerulopatia de Lesões Mínimas (GNLM): Trata-se de uma entidade rara, relacionada ao quadro de hipersensibilidade, que pode levar à nefrite intersticial aguda (NIA) e à síndrome nefrótica, induzidas classicamente pelas drogas antiinflamatórias não hormonais - indometacina, diclofenaco, fenoprofeno, tenoxicam, naproxeno, entre outros. A causa desta síndrome continua desconhecida, porém não se acredita ser um fenômeno de hipersensibilidade IgE-mediado. O quadro nefrótico se manifesta após vários dias ou meses de exposição ao AINH (média de 5 meses, variando de 2 semanas até 18 meses). Inicialmente acreditava-se serem os modernos antiinflamatórios inibidores da ciclooxigenase-2 isentos de tal efeito. Contudo, já há relato recente de um paciente, tratado com inibidor da COX-2 ( celecoxib) e que desenvolveu proteinúria por nefropatia de lesões mínimas, comprovado por biópsia renal. O seu tratamento é feito com corticóide oral (prednisona 60mg/dia), caso não haja melhora clínica/labotratorial no prazo de um mês de suspensão da droga. Nefrite Lúpica Classe V: Pode ocorrer com títulos baixos de FAN, antiDNA e complemento normais, ocasionalmente em superposição a uma outra doença reumatológica. Embora menos provável no caso descrito, devemos sempre lembrar desta possibilidade. Vasculite Reumatóide: Tende a ocorrer em pacientes com artrite erosiva e formação proeminente de nódulos. Os títulos de fator reumatóide são usualmente bem elevados, freqüentemente acompanhados de hipocomplementemia. O envolvimento mais acentuado tipicamente ocorre em pele e nervos periféricos. A doença renal pode se manifestar através de uma glomerulonefrite necrotizante, sem imunedepósitos. Raramente observa-se envolvimento renal isolado. Os achados renais são semelhantes a outras vasculites sistêmicas, tais como aquelas relacionadas ao anticorpo ANCA. Há relatos anedóticos de tratamento com corticóides e ciclofosfamida, à semelhança do tratamento da Granulomatose de Wegener. Nefropatia por Analgésico: Caracteriza-se por quadro de nefrite intersticial crônica, com disfunção renal e hipertensão.Esta lesão pode evoluir com necrose de papila, sendo freqüente a associação com o uso crônico de antiinflamatórios. Considerações Finais: Após a exposição de todos os possíveis diagnósticos e suas características, fica claro que as duas principais possibilidades são a amiloidose, devido ao longo tempo de processo inflamatório ativo e desenvolvimento relativamente rápido de quadro nefrótico, e GNLM pelo uso de rofecoxib (Vioxx®), de início mais recente. A indometacina havia sido suspensa há mais de 2 anos do início dos sintomas, e os sais de ouro haviam sido usados num passado distante. Já as outras drogas utilizadas no curso da doença não apresentam relação com lesões histológicas que levem a um quadro nefrótico. EXAME ANÁTOMO-PATOLÓGICO Microscopia Óptica O exame histológico mostra cortical renal com dez glomérulos. Estes apresentam depósitos amorfos de substância fracamente eosinofílica, distribuídos predominantemente em matriz mesangial, de forma global e difusa. Os depósitos são negativos ao exame pela coloração P.A.S. e à impregnação pela Prata. Não há aumento de celularidade. A membrana basal dos capilares glomerulares está normal. O interstício mostra discretos focos de fibrose, em meio aos quais há túbulos atróficos. O restante dos túbulos não apresentam alterações. Foram representadas uma artéria interlobular e quatro arteríolas. Os vasos estão normais. Diagnóstico: Amiloidose renal. Nota: a pesquisa de substancia amilóide através de exame à luz polarizada e coloração Vermelho Congo resultou positiva. Imunofluorescência: Fragmento renal representado pela cortical com cinco glomérulos. Conclusão: Imunofluorescência negativa. Distribuição dos palpites diagnósticos:
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Amiloidose renal:
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A SÍNDROME NEFRÓTICA é uma doença renal grave que não pode ser curada por drogas ou injeções, mas a melhor maneira de se livrar da síndrome nefrótica é tomar um medicamento fitoterápico natural para ela.
ResponderExcluirFui diagnosticado com síndrome nefrótica por 15 anos e tentei diferentes medicamentos ou tratamentos com drogas, mas todos sem sucesso. Uma amiga preciosa me contou sobre o centro de ervas Dr. James, a casa do bem-estar. Ela me deu seu endereço de e-mail, entrei em contato com ele rapidamente para que ele me garantisse que seu remédio fitoterápico curará minha síndrome nefrótica. e eu estarei curado para sempre eu disse Ok. Eu perguntei a ele sobre o processo de cura, ele me pediu para pagar as taxas que eu fiz e em 5 dias úteis ele me mandou o fitoterápico então ele me instruiu sobre como beber de manhã e à noite durante duas semanas para ficar curado. Eu contei a Gomez meu amigo sobre o remédio fitoterápico, então ele me deu ir em frente para bebê-lo. Então, depois de beber por duas semanas, fiquei curado da síndrome nefrótica. Estou muito grato e prometi que recomendaria qualquer pessoa com síndrome nefrótica ao Dr. James e é isso que estou fazendo. A medicina mista de ervas do Dr. James me fez acreditar que há esperança para as pessoas que sofrem de doença de Parkinson, esquizofrenia, câncer, escoliose, câncer de bexiga, câncer colorretal, câncer de mama, câncer de rim, leucemia, câncer de pulmão, câncer de pele, câncer de útero, Câncer de próstata, fibromialgia, a
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