21/01/2010
Usuários protestam contra a demora na UPA São Benedito
Consenso entre a maioria dos uberabenses, o caos relacionado à saúde pública na cidade continua provocando irritação entre os usuários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro São Benedito. Na segunda, 18, e na terça-feira, 19, especialmente, várias reclamações chegaram à redação do Jornal da Manhã e chamaram a atenção para os problemas mais recorrentes na unidade: demora no atendimento e falta de urbanidade dos plantonistas.
De acordo com a promotora de vendas Nayara Maysa Pedrosa, junto com a mãe chegaram à UPA às 12h e só conseguiram atendimento às 6h30 do dia seguinte. “A triagem costuma ser rápida, mas não entendo os critérios de escolha de quais casos recebem prioridade no atendimento”, afirma. “Minha mãe sentia febre, dores e teve que passar por tudo isso sentada no corredor”, reclama. Segundo a promotora, enquanto esperavam, cerca de outras 100 pessoas aguardavam nas instalações da unidade e, em certo momento, a reclamação coletiva provocou início de tumulto. “Foi uma gritaria mesmo e, inclusive, o pessoal da Guarda Municipal teve que intervir para acalmar as pessoas e controlar a manifestação”, diz. No entanto, o momento mais difícil, segundo Nayara, foi na hora do atendimento, quando o médico responsável pela consulta teria sido “mal-educado e anti-profissional”. “Nós entramos na sala e ele disse que, por estarmos reclamando, estávamos falando ‘abobrinhas’ no corredor e seríamos mal atendidas. Fiquei revoltada com a declaração e, quando ele percebeu o que havia dito, voltou atrás”, garante. A Secretaria de Saúde foi questionada sobre a situação da unidade e, respondeu por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura que, nos dois dias reclamados pelos usuários, o quadro de médicos estava completo, com cinco funcionários no período da manhã e outros quatro no turno da noite. Informações da assessoria apontam, ainda, que a média de atendimento no local chega a 300 pessoas diariamente. No entanto, na segunda, 18, e terça-feira, 19, não foram registradas movimentações atípicas, com 278 e 237 atendimentos, respectivamente. A orientação oficial é para que em casos que não exijam assistência de urgência e emergência, as pessoas procurem as Unidades Básicas de Saúde dos bairros.
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