terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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Durante o final do mês de outubro e início do mês de novembro de 2009, 50 municípios realizaram no Estado do Rio de Janeiro o Levantamento de Índice de Infestação Rápido para o Aedes aegipty (LIRAa) e enviaram os resultados à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (SESDEC). Este quantitativo representa 54% dos municípios do estado, quantitativo maior que o levantamento anterior, de agosto de 2009, em que 39 (42%) municípios realizaram o LIRAa. No LIRAa anterior 31% dos municípios estavam em alerta, agora este percentual subiu para 56%; já os municípios com baixo risco passaram de 69% para 44%.
Diferente do levantamento anterior, desta vez não há municípios com índices de infestação maior ou igual a 4% (alto risco). No entanto, o LIRAa apresenta maior percentual de municípios em alerta (56%). Dos 647 estratos amostrados no estado, 250 compõem áreas de baixo risco (39%), 295 estão classificados como áreas de alerta (45%) e 102 áreas de alto risco (16%). Considerando que cada estrato constitui um conglomerado de cerca de 10 mil imóveis, temos hoje no estado mais de 1 milhão de casas em alto risco e cerca de 3 milhões em alerta.
Apesar de ser possível observar no novo mapa do LIRAa que a maior parte dos municípios está em alerta e que não há nenhum em alto risco, é importante reforçar que ele representa os índices médios dos municípios. Isso significa que dentro de alguns dos municípios podem ser encontradas áreas em alto risco. Cabe, portanto, às secretarias municipais de saúde uma análise mais detalhada de seu resultado por estrato e divulgação junto a população para medidas de controle.
Na Região Metropolitana I do estado todos os municípios realizaram o levantamento e 83% dos municípios estão em alerta, apresentando IIP entre 1 a 3,9. Dos 354 estratos pesquisados nesta região, 50% estão em área de alerta e 23% em alto risco, com destaque para os municípios de Queimados com 37% da sua área em alto risco, Rio de Janeiro com 32% e Duque de Caxias com 30%. Nesta região os depósitos mais encontrados na maioria dos municípios foram depósitos para armazenamento doméstico de água de consumo (tambor, barril, tonel), vaso de planta e inservíveis (lixo). Na capital, os depósitos mais encontrados foram depósitos fixos (calhas, lajes, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas).
Na Região Metropolitana II, dos 84 estratos pesquisados, 54% estão em área de alerta e 13% em alto risco; em relação aos depósitos, os mais encontrados foram tambores, barris, tonéis, vasos de planta e lixo. Na Região Litorânea, 60% dos municípios apresentam índices médios entre 1 e 3,9%, portanto, estão em alerta. Dos 47 estratos pesquisados lá, a maioria se encontra em baixo risco. Situação parecida a do Médio Paraíba, onde o mesmo percentual de estratos (70%) se encontra em baixo risco.
Na Baía de Ilha Grande, Angra do Reis e Paraty estão em alerta e Mangaratiba em baixo risco. Nesta região, o lixo, os depósitos domésticos de armazenamento de água, os depósitos naturais (bromélias e axilas de folhas em geral, ocos de árvores) e os vasos de plantas foram os depósitos encontrados. Vasos de planta, depósitos para armazenamento doméstico de água e lixo também foram os mais encontrados na Região Norte. Lá, dos 31 estratos pesquisados, 52% estão em alerta e 19% em alto risco. Percentual próximo ao do Noroeste Fluminense, onde 63% dos estratos estão em alerta e 13% em alto risco.
Na Região Serrana todos os municípios que realizaram o levantamento estão com IIP abaixo de 1%, sendo zero em Macuco. Já na Região Centro-Sul Fluminense, somente o município de Três Rios realizou o LIRAa, com IIP médio de 0,8. Os resultados gerais mostram que a presença e dispersão do vetor no estado permanecem elevadas e preocupantes, apontando para a necessidade de permanência das medidas de controle e prevenção, principalmente a partir de agora, época em que o clima favorece ainda mais a dispersão do vetor.
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