Cuiabá corre risco de ter um surto de dengue. O último índice de infestação predial (IIP) levantado pela Prefeitura apontou que as larvas do mosquito alcançaram 3,5%. O número exato para que seja considerado um surto é de 3,9%, de acordo com o Ministério da Saúde. A grave situação da doença na Capital foi um dos temas de uma reunião no Palácio Paiaguás entre o governador Blairo Maggi, o prefeito Wilson Santos e o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro.
Os dados da equipe do Programa de Controle da Dengue de Cuiabá mostram que os 3,5% registrados em novembro (considerado, assim, estado de alerta pela Secretaria Municipal de Saúde) é o maior índice desde o início do ano. Em março, o número chegou a 3,1%. No mês de outubro, Cuiabá registrou 2% de infestação predial. Já em novembro do ano passado, a Capital tinha 1,5% de IIP (2 a menos que o atual).
O levantamento ainda constatou que a maioria dos focos foi encontrada nas caixas d"água localizadas no nível do solo, totalizando 29,7 % dos casos. O chamado "lixo da dengue" (com 25,1%) e os materiais de construção (19,8%) são os outros criadores onde mais foram encontradas as larvas. Elas, geralmente, ficam localizadas nas residências.
Outro município que está em situação delicada é Cáceres (225 km da capital). Na semana passada, 2 pessoas morreram por causa da dengue hemorrágica, o pior tipo da doença, chegando a 5 o número de vítimas em um mês. Os 2 pacientes foram internados no Hospital Regional da cidade e morreram pouco tempo depois de darem entrada na unidade. O Ministério da Saúde colocou Cáceres entre os 10 municípios brasileiros com risco de surto da dengue.
Na reunião ocorrida ontem no Paiaguás entre os representantes do Executivo, foi discutida formas de combate e, principalmente, conscientização da população sobre a doença. Campanhas publicitárias, melhorias na coleta do lixo e até obras públicas estão entre as alternativas.
Um dos problemas discutidos era que, em uma pesquisa, apenas 20% dos cuiabanos se sentiam responsáveis pela doença, índice bem menor que a população de outros estados.
Cidades
Secretaria de Saúde promove capacitação para controle da dengue em Cuiabá
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08/12/2009 - 13h03
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Da Redação
Nos próximos dias 10 e 11 de dezembro a Secretaria de Saúde de Cuiabá (SMS) promove mais um curso de capacitação sobre a Dengue para médicos e enfermeiros da rede pública e privada de saúde. Esta é a segunda capacitação oferecida aos profissionais da rede em 2009 com vistas a garantir assistência rápida e eficaz às pessoas acometidas pela doença.
O evento acontece em período integral no Centro de Eventos do Pantanal e será ministrado pelas enfermeiras Ana Paula G. Lima Resende, da Secretaria de Saúde de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (Sesau) e Maria Gorette dos Reis, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
De acordo com o diretor de Vigilância a Saúde e Ambiente, Wagner Simplício, devem participar cerca de 250 enfermeiros e 150 médicos da rede municipal. “Nós também estamos convidando os hospitais particulares”, completa.
07/12/2009 12:21
Combate à dengue requer mudança de comportamento
Cuiabá já contabiliza mais de 11 mil casos de dengue somente em 2009. Para se prevenir contra a doença, o coordenador do Programa de Controle da Dengue da Secretaria de Saúde de Cuiabá (SMS), Fábio Henrique Oliveira, dá enumera uma série de dicas.
Segundo ele, “o primeiro passo é a mudança de comportamento. Enquanto as pessoas continuarem jogando o lixo de qualquer jeito, além de continuarem proliferando o mosquito transmissor da dengue, propiciarão o ambiente para surgimento de outros animais sinantrópicos”, ressalta.
Ele disse também que não existe índice de infestação predial zero em nenhum bairro do município e, ainda que as casas onde são encontrados os focos são praticamente as mesmas, ano após ano.
Durante um mutirão de limpeza do chamado ‘lixo da dengue’ promovido pelas equipes das unidades I, II e III do Programa de Saúde da Família (PSF’s) no bairro Jardim Vitória, a agente comunitária Alairce Aguiar ressaltou a dificuldade de conscientização. “Por mais que a gente fale e explique sobre o perigo da dengue e os moradores nos ouçam, basta virarmos as costas para jogarem o lixo ali mesmo. Se passar na rua que acabei de limpar, tenho certeza que vou encontrar algum lixo”, reclama.
Para quem mantém a higiene em sua residência e no meio ambiente, o próximo passo é permitir e acompanhar a visita do agente de saúde ambiental em sua casa. Depois disso, o morador deve estar atento à sua vizinhança também. Se notar, por exemplo, que exista algum imóvel abandonado, que esteja fechado por muito tempo, pode fazer uma denúncia para a equipe do programa. “A participação da população é fundamental nesta luta. Desde o mês de abril já abrimos mais de 150 casas que estavam fechadas por meio de liminar, mas ainda precisamos do apoio dos vizinhos para identificar estes imóveis e principalmente localizar seus proprietários”, explica.
Aqueles que estão cumprindo seu papel, também podem incrementar os cuidados utilizando repelentes e inseticidas.
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