quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Criadouros têm que ser atacados para controlar a dengue

Criadouros têm que ser atacados para controlar a dengue
Terça-feira, dia 08 de Dezembro de 2009 às 12:10hs


Pesquisa critica estratégias atuais de combate ao mosquito, pois não surtem efeitos desejados. Depósitos de armazenamento de água para consumo são os principais criadouros para o mosquito e devem ser os focos visados.

Segundo pesquisa publicada na revista do Sistema Único de Saúde Epidemiologia e Serviços de Saúde, os depósitos de armazenamento de água para consumo são os principais criadouros para o mosquito Aedes aegypti. Além disso, o levantamento também demonstrou que na região existe associação entre a estação chuvosa e quente e as maiores incidências da dengue. O trabalho é da autoria de Maria do Amparo Cavalcante, da Fundação Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Teresina e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Piauí, e foi veiculado na última edição do periódico.

De acordo com os autores, para levantamento de dados, foi realizado estudo na cidade de Teresina, que contou com dados referentes ao período entre 2002 e 2006, disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e pelo Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue (FAD) – da Fundação Municipal da Saúde (FMS), órgão gestor das ações de saúde de Teresina.

Conforme afirmam Maria e colegas nos resultados da pesquisa, no período entre 2002 e 2006 foram registrados 11.003 casos de dengue em Teresina, com maiores e menores incidências respectivamente em 2002 e 2004. As maiores incidências foram registradas, segundo eles, no primeiro semestre de cada ano, coincidindo com as estações chuvosas. “Os criadouros do tipo B, E e I (tanques, tonéis, depósitos de barro, garrafas e outros) predominaram em todas as regiões do município estudadas”, dizem os pesquisadores.

Para os autores, os resultados do trabalho revelam que “as estratégias de combate ao vetor (mosquito) não têm sido eficazes, pois essas medidas não têm produzido o efeito epidemiológico desejado, sendo necessária adoção de estratégias de controle com ênfase especial na redução de criadouros, com a diminuição dos riscos domésticos da proliferação do vetor”.






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